Legionella

As bactérias do género Legionella encontram-se em ambientes aquáticos naturais e também em sistemas artificiais, como redes de abastecimento/distribuição de água, redes prediais de água quente e água fria, ar condicionado e sistemas de arrefecimento (torres de refrigeração, condensadores evaporativos e humidificadores) existentes em edifícios, nomeadamente em hotéis, termas, centros comerciais e hospitais. Surgem ainda em fontes ornamentais e tanques recreativos, como por exemplo jacuzzis.

A exposição a esta bactéria pode provocar uma infecção respiratória, actualmente conhecida por Doença dos Legionários,

Há determinados factores que favorecem o desenvolvimento da bactéria, nomeadamente:

  • Temperatura da água entre 20°C e 45°C, sendo a óptima entre os 35ºC e 45ºC; • pH entre 5 e 8;
  • Humidade relativa superior a 60%; 6
  • Zonas de reduzida circulação de água (reservatórios de água, torres de arrefecimento, tubagens de redes prediais, pontos de extremidade das redes pouco utilizadas, etc);
  • Presença de outros organismos (e.g. algas, amibas, protozoários) em águas não tratadas ou com tratamento deficiente;
  • Utilização de materiais porosos e de derivados de silicone nas redes prediais, que potenciam o crescimento bacteriano.

Sistemas e equipamentos associados ao desenvolvimento da bactéria

Os principais sistemas e equipamentos associados ao desenvolvimento da bactéria Legionella, são: ™ Sistemas de arrefecimento Torres arrefecimento; Condensadores evaporativos; Humidificadores; Sistemas de ar condicionado. ™ Redes prediais de água quente e de água fria ™ Sistemas de água climatizada de uso recreativo ou terapêutico Piscinas climatizadas e jacuzzis; Instalações termais; Equipamentos usados na terapia respiratória (nebulizadores e humidificadores de sistema de ventilação assistida).

Para minimizar a proliferação de Legionella pneumophila e o risco associado de Doença dos Legionários devem ser adoptadas medidas de prevenção e de controlo físico-químico e microbiológico, para promover e manter limpas as superfícies dos sistemas de água e de ar.

Recomendam-se as seguintes práticas:

  • Assegurar uma boa circulação hidráulica, evitando zonas de águas paradas, ou de armazenamento prolongado, nos diferentes sistemas;
  • Accionar mecanismos de combate aos fenómenos de corrosão e incrustação através de uma correcta operação e manutenção, adaptados à qualidade da água e às características das instalações;
  • Efectuar o controlo e monitorização da qualidade da água do processo, quanto ao residual de biocida, ao pH, à dureza, à alcalinidade, à presença de bactérias heterotróficas, germes a 22 e 37ºC e à Legionella. Para serem eficazes, as acções preventivas devem ser exercidas, desde a concepção das instalações até à sua operação e manutenção.

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